«o que me excita a escrever é o desejo de me esclarecer na posse disto que conto, o desejo de perseguir o alarme que me violentou e ver-me através dele e vê-lo de novo em mim, revelá-lo na própria posse, que é recuperá-lo pela evidência da arte. Escrevo para ser, escrevo para segurar nas minhas mãos inábeis o que fulgurou e morreu.»

Vergílio Ferreira, Aparição

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Apaziguamentos da "plebe" docente

A arena estava pronta: canetas, códigos e folhas de ponto. O burburinho dos corredores subterrâneos cessou por ordem vinda da tribuna imperial. O gládio durou o tempo de um já!/!?. Perfeita hecatombe. Chacina intelectual no escarnecer/estremecer da verificação da inferioridade dos seres que se sentam fora do estrado. Foi ontem, será amanhã e será na semana que vem. Viva o respeito! Vivam as oportunidades de avaliação justas! Viva tudo isso, mas o que eu vivo é a realidade de métodos de avaliação que não são construídos para os avaliandos. Leva-me a pensar que os objectivos não são avaliar quem estuda, pelo menos não sempre, mas manter a segregagação de classes. Sende plebe, ou escravos de uma condição irresoluta, vós, que de cives nada tendes.

2 comentários:

DBS disse...

E foi então que a Imperatriz se ergueu da tribuna, levantou a mão e virou o polegar para baixo.

Se eles repetem a gracinha novamente eu vou-me a eles! É que vou mesmo!

Anónimo disse...

Muito boa sorte para as frequências!
Não deixes que a pressão te consuma...

Podia dizer-te: tenta dar o teu melhor, mas um dia disseram-me:"tentar é falhar c honra".
Por isso digo-te: DÁ o teu melhor!

"(…) Another day, just believe…
Another day, Just breathe…"