«o que me excita a escrever é o desejo de me esclarecer na posse disto que conto, o desejo de perseguir o alarme que me violentou e ver-me através dele e vê-lo de novo em mim, revelá-lo na própria posse, que é recuperá-lo pela evidência da arte. Escrevo para ser, escrevo para segurar nas minhas mãos inábeis o que fulgurou e morreu.»
Vergílio Ferreira, Aparição
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Chilrear desalmado
Na melodia do rouxinol flui o som da manhã enrouquecida por murmúrios vacilantes, por suspiros de amantes, por desesperos confessados a almofadas feitas esponjas.
Hoje em dia já ninguém ouve a melodia do rouxinol...
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