«o que me excita a escrever é o desejo de me esclarecer na posse disto que conto, o desejo de perseguir o alarme que me violentou e ver-me através dele e vê-lo de novo em mim, revelá-lo na própria posse, que é recuperá-lo pela evidência da arte. Escrevo para ser, escrevo para segurar nas minhas mãos inábeis o que fulgurou e morreu.»

Vergílio Ferreira, Aparição

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sábado, 6 de outubro de 2007

Maresia

Sente-se no ar. Sente-se como a indiferença que corre os passeios, como a calma que corre os bancos da Igreja, como a paixão que corre entre portas, como a dor que corre entre sorrisos, como a alegria que corre os escorregas.
Sinto-lhe a agitação, a revolta, a paixão, a dor, a alegria, a calma. Sinto. Sinto-lhe a paz. Sinto-me em paz.

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