E tentar encontrar-me, sabendo-me ainda desesperado por te encontrar e por te ter. Farejo-me o rasto, mas perco-me, distraído pelo odor intenso e ainda tão confuso de ti. Dou por mim seguindo as brisas, na esperança de que alguma me leve até ti e, sem rumo certo, sabendo apenas que te tento alcançar sem saber do teu paradeiro, sem saber quem és, sem me surgires como o cheiro nítido de uma rosa ou de uma camélia, mas antes como uma mistura indistinta, embora indiscreta na sua incognitude, sem saber, sem ver, sem ouvir, sem cheirar, eu sei-me já entrado na escuridão da noite perscrutando o céu estrelado à procura de alguma orientação até ti. E é neste estado que espero que a noite me traga de volta o sono que levaste contigo para essa terra de nenhures onde o mundo te camufla e te esconde de mim.
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