É meia-noite, hora da morte do dia,
O corpo repousa, na cama meia quente,
Falta o sono, dói a colcha, meia fria,
Espero o adormecer (Morfeu vem de repente!).
«Por quem me tomas, Desatino?».
Desvario de eras, aqui, no quarto.
«Não me tomes, não é destino!»,
«Não o queres, diz antes». Parto.
Lá fora, as estrelas brilham,
A lua canta, em sonolência.
Cá dentro, os pés frios tremelicam,
As ideias desvanecem-se, feitas dormência.
Durmo, cabeça sobre o travesseiro,
Um ombro sobre o colchão, outro solto,
Carregando, ainda, o peso do mundo inteiro,
Mas agora durmo, sem sonhos (logo volto).
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1 comentário:
Grande entrada! Muito bom!
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