Não se vêem mercadores, políticos ou homens de negócios nesta ágora (uma das que hoje se encontram em Cascaes: estão dispersas pela vila, como as gentes). Pergunto-me se se trata de um fenómeno de agorafobia colectivo, mas cedo percebo que é a chuva, que me molha o rosto e o banco em que me sento, que afasta as pessoas. Tento respirar o momento no meio desta chuva miúda. Custa respirar o momento nesta teia de tempos em que me procuro encontrar. Não sofro de agórofobia, mas custa-me encontrar um espaço, um segundo que seja, para mim, agora. Agora há muita coisa que tenho para fazer. Agora, agora que tento, por segundos, não ficar em segundo no confronto do ser com o fazer.
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