«o que me excita a escrever é o desejo de me esclarecer na posse disto que conto, o desejo de perseguir o alarme que me violentou e ver-me através dele e vê-lo de novo em mim, revelá-lo na própria posse, que é recuperá-lo pela evidência da arte. Escrevo para ser, escrevo para segurar nas minhas mãos inábeis o que fulgurou e morreu.»

Vergílio Ferreira, Aparição

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terça-feira, 27 de novembro de 2007

lua cheia

No outro dia virei uma esquina e dei de caras com a lua. cheia. luminosa. magnificente. próxima da terra, como se ameaçasse chocar contra o planeta e destruir a vida como a conhecemos. Era Domingo. Fez-me pensar na hóstia, que já não tomo há muito tempo. Demasiado tempo.
Quis dar de caras com o corpo de Cristo. Cheio (de vida). Luminoso. Magnificente. Entre nós, destruindo a vida como a conhecemos para nos afastar da morte do caminhar sem quê, para nos mostrar a verdadeira Vida.

1 comentário:

ml disse...

não sei em que ponto encontramos a vida. não sei se há mais do que ela, ou sequer algo por detrás.
mas os dias pedem minutos cheios. e essa lua pode ser um momento perfeito*